O paleomagnestismo procura determinar a direcção do vector
do campo geomagnetico existente na altura da formação de uma determinada rocha
cujos materiais são sensíveis a esse campo magnético.
Introdução ao tema
Wegener, 1912 surgiu com a hipótese do mundo que outrora
fora um só, se ter dividido: “Deriva dos Continentes”, no entanto, encontrou
uma barreira de oposição por parte dos geofísicos que defendiam a não
existência de forças capazes de movimentar os continentes. Mais tarde, a teoria
da Deriva dos continentes encontrou suporte em dados propostos por materiais da
geofísica, tendo sido provada.
Campo magnético terrestre
A Terra, tal como maior parte dos
planetas do sistema solar, possui um campo magnético natural. Este campo magnético
é responsável pela orientação da agulha magnetizada de uma bússola. O campo
magnético terrestre pode ser comparado a um dipolo* geocêntrico, estando as
linhas de força originadas por este campo magnético distribuídas no espaço como
se um íman estivesse situado no centro da Terra, cujo pólo Sul estaria
localizado no hemisfério norte.
*-(sistema de duas cargas de sinais
contrários colocados a uma distancia muito pequena uma da outra).
No inicio do séc: xx, alguns
cientistas, estudiosos do campo magnético terrestre, reconheceram a existência
de rochas pertencentes a dois grandes grupos, tendo em conta o seu
paleomagnetismo. Nesta altura já se sabia que o basalto, como rocha magmática,
e sendo esta rocha um dos constituintes principais da crusta oceânica, era
possível realizar leituras relativamente ao paleomagnetismo registado nas
rochas dos fundos oceânicos.
Desta forma, foi possível
identificar um grupo de rochas dos fundos oceânicos que apresentavam polaridade
normal, uma vez que os minerais magnéticos da rocha tinham uma magnetização normal,
isto e, com a direcção de, magnetização semelhante à do campo magnético actual
da Terra. O outro grupo apresentava uma polaridade inversa, indicando um
alinhamento oposto ao que seria produzido pelo campo magnético actual da Terra.
A analise deste tipo de evidencias levou admitir que periodicamente ao longo do
tempo geológico, ocorriam inversões de polaridade ou seja, uma direcção de
magnetização oposta à que actualmente é induzida pelo campo magnético
terrestre.